22/11/2017

Prefeitura assina acordo para iniciar implementação do projeto Ligue os Pontos

Iniciativas relacionadas à produção da agricultura familiar e ao uso do solo na Zona Sul de São Paulo fazem parte do programa



A Prefeitura assina, nesta terça-feira (21), um Acordo de Cooperação com a Bloomberg Philantropies para dar início à implementação do projeto Ligue os Pontos, cujo principal objetivo é conectar os produtores de alimentos da agricultura familiar na Zona Sul de São Paulo aos potenciais consumidores, evitando que essas áreas cultiváveis sejam tomadas pela urbanização informal e coloquem em risco a segurança hídrica da cidade.

Além disso, o Ligue os Pontos ampliará o acesso dos moradores de São Paulo a alimentos de qualidade, como prevê o programa Alimento Saudável. Lançado na semana passada, ele contará com ações de várias pastas, entre elas a Secretaria Municipal de Educação, que está ampliando a compra de produtos da agricultura familiar e de orgânicos para a merenda escolar da rede municipal de ensino. Por meio do Alimento Saudável, a Prefeitura implementa sua política de segurança alimentar e combate ao desperdício de alimentos.

“Esse projeto é muito feliz e desafiador porque reúne três vertentes: urbanística, social e alimentar. O principal objetivo é melhorar o rendimento dos agricultores, reduzindo a expansão da área urbanizada sobre a zona rural e dando condições a esses trabalhadores para que a área continue produzindo. A meta do projeto é fazer com que São Paulo se torne um exemplo de sustentabilidade ambiental e de inclusão social”, declarou Heloísa Proença, secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento.

O projeto do Ligue os Pontos foi o vencedor do concurso “Mayors Challenge 2016” (Desafio dos Prefeitos), promovido pela Bloomberg Philantropies para a América Latina e Caribe, e vai receber um prêmio de US$ 5 milhões para sua implementação ao longo de três anos.

O Ligue os Pontos atuará com iniciativas relacionadas à produção de alimentos pela agricultura familiar da Zona Sul da cidade, ao uso do solo na região e à condição de vulnerabilidade social dos habitantes da zona rural, que conta atualmente com 300 unidades produtivas. Algumas delas já estão convertidas ou em processo de conversão para a produção orgânica e, com orientação adequada, poderão incrementar as áreas de plantio associadas à recuperação e à preservação de nascentes de água e de mata atlântica.  

Desta forma, as ações do projeto vão apresentar impactos sociais diretos e indiretos. Serão diretamente impactados 400 agricultores que residem na Zona Sul, assim como um número significativo de jovens de Parelheiros, que poderão ser absorvidos por novas oportunidades de emprego.

De maneira indireta, os 40 mil moradores da zona rural serão impactados pela possibilidade de que as ações do projeto, combinadas com outras políticas públicas municipais e estaduais, possam conter o avanço da urbanização em área de proteção aos mananciais.

Entre as ações do projeto estão previstos:

Fortalecimento dos moradores – Assistência técnica e capacitação dos agricultores com cursos, através de uma equipe multidisciplinar, com destaque para os profissionais da área agronômica, que irão reforçar o trabalho já realizado pela Prefeitura;

Cadeia de valor da agricultura local – Articulação de negócios através de cooperativas e do uso de aplicações tecnológicas. Prevê também a inclusão produtiva dos jovens de Parelheiros;

Dados e evidências – Consolidar um sistema de informações sobre a área rural de São Paulo, por meio da atualização e análise de dados, além de  promover a transparência das ações públicas;

Mais informações sobre o projeto podem ser acessadas aqui.

Sobre a Bloomberg Philanthropies e o Mayors Challenge

A Bloomberg Philanthropies é uma fundação filantrópica criada por Michael R. Bloomberg, que tem como missão assegurar melhor qualidade de vida para o maior número de pessoas possível, focando em cinco áreas principais: artes, educação, meio ambiente, inovação em governo e saúde pública.

O prêmio Mayors Challenge, realizado anualmente, é uma de suas iniciativas na área de Inovação em Governos que procura fomentar soluções inspiradoras, ousadas e replicáveis propostas por governos municipais.

Texto: SECOM




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Comentários

  1. Mario Sebok em disse:

    Talvez esse PROJETO CHAMADO “Ligue os pontos” NÃO SEJA PARA LUTAR A MUDANÇA CLIMÁTICA, SE promover a DEFLORESTAMENTO DE RESERVAS DE FLORESTA PROTEGIDAS, como você pode ver nos artigos abaixo. #SOSMATAATLANTICA

    RECOMENDO investigar se PROMOVERÁ DEFORESTAMENTO, implantar salvaguardas DE NÃO PROMOÇÃO DO DEFORESTAMENTO

    Não encontrei o site “Ligue os pontos”, este suposto mercado digital da agricultura local, ou o que atingiu, e eu suspeito que isso cause DEFORESTAMENTO NA ÁREA PROTEGIDA DA FLORTA ATLÂNTICA (MATA ATLANTICA), uma vez que promove AGRICULTURA de “40.000 PESSOAS, população do distrito de Parelheiros, no coração da Mata Atlântica na Serra do Mar” conforme mencionado pelo prefeito Haddad no site abaixo

    Fonte: http://capital.sp.gov.br/noticia/sao-paulo-recebe-premio-mayors-challenge-2016-da-bloomberg-philanthropies

    APENAS 7,3% DA FORESTAL ATLÂNTICA ESTÁ PRESERVADA e desflorestar para a agricultura não combate a mudança climática.

    Fonte: https://mais.uol.com.br/view/k1x1z1edeix5/mata-atlantica-restam-apenas-7vamos-preservar-04024D9C316CD0995326?types=V&

    Por que preservar a Mata Atlântica?

    Cerca de 120 milhões de pessoas vivem na área de Bioma da Mata Atlântica, o que significa que a qualidade de vida de aproximadamente 70% da população brasileira depende da preservação dos restos, que mantém fontes de mananciais, regulando o fluxo de abastecimento de água para as cidades e as comunidades no interior, ajudam a regular o clima, a temperatura, a umidade, as chuvas, asseguram a fertilidade do solo e protegem as escarpas e as encostas.

    E nisto temos recordes mundiais

    É a floresta mais rica do mundo na diversidade de árvores: 454 espécies de árvores por hectare.

    Animais: aproximadamente 1.600.000 espécies, incluindo insetos

    2% de todas as espécies do planeta apenas para esses grupos vertebrados

    3% de felinos

    Fontes:
    http://www.ibflorestas.org.br/bioma-mata-atlantica.html

    http://www.apremavi.org.br/cartilha-planejando/a-mata-atlantica-e-sua-importancia/