A Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM), regiões da cidade localizadas ao longo de importantes vias estruturais de transporte, concentra 44,4% dos postos de trabalho ocupados na capital paulista. É o que mostra o Informe Urbano 54, estudo divulgado nesta terça-feira (13) pela Coordenadoria de Produção e Análise de Informação (Geoinfo), da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Para acessar o documento na íntegra, clique aqui.

O propósito desta edição do Informe Urbano é discorrer sobre a distribuição do emprego formal em cada uma das macroáreas da cidade definidas no âmbito do Plano Diretor Estratégico no período de 2014 a 2019.

Historicamente, a MEM é uma região de grande oferta de postos de trabalho. Ela abrange porções da cidade como a região central (Sé, República, Brás, Bom Retiro e Barra Funda), as marginais Tietê e Pinheiros, o entorno das orlas ferroviárias do município e os territórios das Operações Urbanas Consorciadas (Água Branca, Faria Lima e Água Espraiada).

Em segundo lugar na pesquisa realizada por Geoinfo, aparece a Macroárea de Urbanização Consolidada (MUC) com 27,7% dos postos de trabalho do município. Ela é caracterizada por um padrão elevado de urbanização, forte saturação viária e elevada concentração de serviços. É formada pelas zonas estritamente residenciais e por bairros predominantemente residenciais que sofreram um forte processo de transformação, verticalização e atração de usos não residenciais, sobretudo serviços e comércio.

Com 16,7% dos empregos, a Macroárea de Qualificação Urbana (MQU) é a terceira mais bem servida de postos de trabalho. Ela é conhecida pela existência de vazios intraurbanos com ou sem cobertura vegetal, áreas urbanizadas com distintos padrões de ocupação, predominantemente horizontais, e regiões com concentração de atividades industriais.

Apesar de juntas reunirem 88,8% do total de empregos do munícipio, esses três territórios registraram queda na oferta de postos de trabalho entre 2014 e 2019.

Por outro lado, territórios caracterizados pela ocupação da população de baixa renda e expressiva quantidade de assentamentos precários e irregulares tiveram um comportamento oposto no mesmo período, com a geração de 16,7 mil postos de trabalho.

Tais territórios fazem parte das Macroáreas de Redução da Vulnerabilidade Urbana (MRVU) e de Redução da Vulnerabilidade e Recuperação Ambiental (MRVRA), que concentravam 6,6% e 2,5% dos postos de trabalho da cidade, respectivamente, em 2019.

 

Indicadores por hectares

Representando 15,5% da área do município, a MEM registrou, em 2019, aproximadamente uma média de 4 empresas e 84 empregos por hectare. A MQU, que abrange 13,9% do território da cidade, alcançou a marca de 3 estabelecimentos e 35 empregos por hectare. Já a MRVU, com 11,3% da área total de São Paulo, somou 1,5 estabelecimento e 17 empregos por hectare.

 

Informes Urbanos 

Os dados da pesquisa fazem parte da edição nº 54 dos Informes Urbanos, série de estudos sobre temas de interesse para o desenvolvimento de São Paulo. Nesta edição, o trabalho buscou analisar o comportamento do emprego formal nas oito macroáreas do município delimitadas pelo Plano Diretor entre os anos de 2014 a 2019.

A pesquisa também estabelece as relações entre a quantidade de empregos, o percentual de empresas e o número de habitantes em idade ativa para o mercado de trabalho.

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Macroáeas

Com o objetivo de estruturar a política de desenvolvimento urbano do município de São Paulo, o Plano Diretor Estratégico (PDE) aprovado em 2014 estabeleceu um conjunto de macroáreas.

Essas macroáreas definem a base territorial para o planejamento e a gestão urbana e ambiental do município. A divisão foi feita a partir da interação entre os sistemas urbanos e ambientais bem como das características sociais dos territórios.

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