17/07/2025
São Paulo mobiliza subprefeituras e população para discutir saneamento com apoio do ONU-Habitat
Entre 28 de julho e 28 de agosto, serão realizadas 32 oficinas para elaborar os Planos de Ação (PAS) das subprefeituras da capital paulista, identificando ações necessárias para o seu desenvolvimento urbano e ambiental
Ouvir a população é fundamental para construir uma cidade mais justa, eficiente e conectada com as reais necessidades de cada território. Pensando nisso, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e com o apoio técnico do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), está promovendo uma série de oficinas participativas que convidam os moradores a colaborar na definição de prioridades para o desenvolvimento urbano da cidade — com destaque para temas como saneamento. Toda a população da capital paulista está convidada a participar.
As 32 oficinas serão realizadas entre os dias 28 de julho e 28 de agosto, sendo voltadas à elaboração dos Planos de Ação das Subprefeituras (PAS) e do Plano Municipal de Saneamento Ambiental Integrado (PMSAI). Esses planos têm como objetivo identificar e detalhar, em nível local, propostas e intervenções necessárias para promover o desenvolvimento urbano e ambiental de cada região.
Durante os encontros, o ONU-Habitat vai reunir as contribuições da população para a construção do Plano Municipal de Saneamento Ambiental Integrado (PMSAI), que está sendo desenvolvido em parceria com a Prefeitura de São Paulo.
Cada oficina será organizada com base no território de uma subprefeitura e abordará dois eixos principais:
• Meio ambiente, saneamento ambiental, infraestrutura e habitação;
• Mobilidade, desenvolvimento econômico, equipamentos sociais e patrimônio cultural.
A metodologia prevê debates orientados com apoio de mapas impressos em grande formato, nos quais as pessoas participantes poderão identificar áreas com problemas e destacar locais bem avaliados em seus bairros.
Além disso, serão disponibilizadas fichas temáticas, para que os participantes possam registrar os principais desafios de suas regiões e sugerir propostas concretas dentro de cada tema discutido.
“A governança eficaz de uma cidade depende da valorização da participação cidadã, que traz diversidade e conhecimento local às decisões. Ouvir a comunidade torna as políticas mais inclusivas e alinhadas às necessidades reais. Isso fortalece a transparência e a legitimidade das ações públicas. Assim, garantimos um desenvolvimento urbano mais justo e sustentável.” afirma a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Elisabete França.
A relação de locais e datas de cada oficina será disponibilizada em breve neste link.
Planos de Saneamento e Resíduos Sólidos – Para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Ambiental Integrado (PMSAI), a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), conta com o apoio técnico do ONU-Habitat, que também contribui para a implementação de um processo participativo e inclusivo.
O desenvolvimento do PMSAI considera os desafios impostos pelas mudanças climáticas, que têm intensificado a frequência de eventos extremos e ressaltado a necessidade de garantir a segurança hídrica.
“O PMSAI desempenhará um papel estratégico no enfrentamento das desigualdades de acesso aos serviços de saneamento, especialmente em um contexto de mudanças climáticas. Sua construção integrará dados técnicos às percepções e saberes das comunidades, ampliando a compreensão dos riscos socioambientais e das vulnerabilidades existentes. Essa abordagem colaborativa contribuirá para o fortalecimento da resiliência urbana e para a efetividade das políticas públicas setoriais.”, destaca Lucas Daniel Ferreira, coordenador de programas do ONU-Habitat e responsável pelo PMSAI.
Além do PMSAI, o ONU-Habitat também apoia a Prefeitura de São Paulo na elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS). Esse plano visa promover avanços como a modernização da coleta de resíduos, a inclusão social dos catadores, o enfrentamento da falta de dados sobre materiais recicláveis coletados informalmente e a ampliação dos sistemas de logística reversa.