27/04/2013
Arco do Futuro: Secretarias Municipais iniciam diálogo
Aconteceu na tarde de ontem, 6 de março, no auditório da Biblioteca Mário de Andrade, o primeiro encontro promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano com o objetivo de iniciar as discussões em torno do Plano Diretor e Arco do Futuro no âmbito cultural.
Aconteceu na tarde de ontem, 6 de março, no auditório da Biblioteca Mário de Andrade, o primeiro encontro promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano com o objetivo de iniciar as discussões em torno do Plano Diretor e Arco do Futuro no âmbito cultural. No encontro, a Secretaria foi representada pelo secretário Fernando de Mello Franco e o diretor do Departamento de Urbanismo, Anderson Kazuo Nakano. A Secretaria Municipal de Cultura esteve representada pelo secretário Juca Ferreira e o seu adjunto, Alfredo Manevy. O vereador e especialista em desenvolvimento urbano Nabil Bonduki também esteve presente.
O secretário-adjunto abriu o encontro destacando que se trata de “um primeiro encontro de uma agenda de trabalho a ser formulada”, por esse motivo, apenas algumas pessoas que representam movimentos, instituições, empresários da noite paulistana, circenses, e outras entidades, além de funcionários das duas secretarias estiveram presentes.
O secretário Mello Franco enfatizou que todos os processos de discussão sobre o Plano Diretor e o Arco do Futuro serão “realizados com participação efetiva da sociedade”. Sua apresentação inclui a demonstração georreferenciada da localização de equipamentos culturais vinculados à Prefeitura como os equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura que consistem em bibliotecas, centros culturais, teatros, entre outros, Centros Educacionais Unificados (CEUs), que embora sejam administrados pela Secretaria Municipal de Educação foram originalmente concebidos como espaços multidisciplinares que reúnem cultura, educação e esportes e a intenção é recuperar tal função. Os clubes-escola da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação e a rede SESC também foi incluída.
O diretor do Departamento de Urbanismo, Anderson Kazuo Nakano, explicou brevemente como funcionará a metodologia do processo participativo para as discussões do Plano Diretor. Primeiramente, é preciso partir da premissa que é a necessidade de aprimoramento do Plano Diretor elaborado em 2002. Entre março e abril, serão realizadas reuniões e debates internos. Entre maio e junho, entram em cena as discussões descentralizadas com a sociedade: serão realizados encontros nas Subprefeituras e também criados canais digitais para recebimento das contribuições. Posteriormente, haverá reuniões devolutivas, com o intuito de prestar esclarecimentos sobre o aproveitamento dos temas levantados e discutidos. Por fim, uma minuta de Projeto de Lei é tornada pública para discussões e aprimoramentos.
O Secretário Juca Ferreira chamou a atenção de que “São Paulo está desatualizada em relação a vários projetos culturais” e reconheceu que ainda que o debate seja amplo e atualize diversos procedimentos, a discussão para o aprimoramento da cidade não se esgotará no âmbito do diálogo em torno do Plano Diretor. Ele declarou, ainda, que “nos últimos anos, a cidade foi vítima de um crescimento desordenado e hoje nós sentimos os efeitos disso, em forma de um grande desequilíbrio. O desenvolvimento da cidade precisa de uma ‘carta de navegação’”, conclui.
Ao fim da fala das autoridades presentes, o encontro recebeu contribuições da plateia. Uma das principais críticas foi a ausência dos equipamentos culturais “não-institucionalizados” no mapa de georreferenciamento apresentado. O secretário Mello Franco afirmou que é intenção da Secretaria aprimorar o mapa e que este primeiro modelo apresentado foi feito com base nas informações que já estavam à disposição da Secretaria.
A primeira contribuição foi feita pelo crítico de arte Afonso Luz, que abordou a questão do mobiliário urbano atual e a necessidade de interlocução com o design contemporâneo. Ele também citou que diversos movimentos culturais em várias regiões da cidade são mantidos sem recursos do governo.
Representando a Cooperativa Paulista do Circo, Bel Toledo falou sobre a marginalização da atividade circense na cidade e sugeriu a criação de espaços permanentes para o desenvolvimento de atividades.
Dois participantes, que representavam o Teatro Oficina e o projeto Sampa a Pé, abordaram a questão da segurança e especulação imobiliária no bairro do Bixiga, região central da cidade.
Augusto Martin, do Teatro Commune, abordou a questão da isenção ou redução de impostos para os teatros de rua nos moldes dos benefícios concedidos para os cinemas com acesso pelas vias públicas.
A diretora do Departamento do Patrimônio Histórico e presidente do Conpresp, Nadia Somekh, falou sobre a questão do patrimônio histórico material e imaterial da cidade e reiterou o convite de participação popular nas decisões que norteiem a questão do patrimônio histórico na cidade.
O encerramento do encontro ocorreu por volta das 20h.
A plataforma Gestão Urbana SP estará disponível neste endereço:http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/