21/05/2018
SMUL publica informe urbano sobre as tendências de localização dos lançamentos imobiliários em São Paulo
A região central da cidade se destacou como um dos principais polos de atração para novos empreendimentos
A Coordenadoria de Produção e Análise de Informação (GEOINFO) da SMUL publicou mais um Informe Urbano, dessa vez sobre a distribuição territorial dos lançamentos de unidades residenciais verticais no município de São Paulo. Os dados analisados são provenientes da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
O estudo aborda somente os empreendimentos imobiliários verticais de uso residencial devido à sua importância para o mercado imobiliário e de suas implicações na expansão da cidade, na distribuição da população e nos impactos na dinâmica urbana.
Em relação ao período analisado, isto é, entre 2007 e 2016, – que é comparado com os dez anos anteriores – a escolha ocorreu tendo em vista o salto quantitativo na produção imobiliária na Cidade em 2007, que cresceu 50% no número de unidades lançadas em relação ao ano anterior, reflexo da retomada econômica do país iniciada em 2004 e das mudanças provocadas na estrutura normativa do setor imobiliário, que trouxeram mais estabilidade jurídica para empreendedores e compradores, além de ampliarem as bases para o crédito imobiliário. Outro fator que contribuiu para o aumento da produção foi a abertura de capital de um número significativo de grandes incorporadoras, que passaram a ter ações negociadas na Bolsa de Valores e, desse modo, acesso a novos recursos para investimentos.
O aumento do número de novos lançamentos foi mais significativo na região central do município. A oferta expressiva de apartamentos nesse local da cidade que, por um longo período, mostrou perda de população, pode ser um fator de impulso à tendência de repovoamento do centro, algo que já havia sido apontado no Censo Demográfico do IBGE de 2010. O estudo conclui que a retomada do uso residencial nessa região poderá significar um reforço à tão desejada diversificação de usos e ao aumento da densidade demográfica nesta porção da cidade, o que corresponde a uma das diretrizes do atual Plano Diretor Estratégico (PDE).
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Centralização e verticalização nas áreas já consolidadas.