04/12/2014
Conexão Parque Novo Mundo e Laboratório Território CEU Novo Mundo
Atividades reúnem pessoas de todas as idades para discutir os lugares que frequentam e suas expectativas para esses locais. O laboratório CEU continua até esse sábado, 06.
Entre as principais atividades do projeto Laboratório Território CEU Novo Mundo, na Vila Maria estão as oficinas, que poderiam ser chamadas de oficinas de escuta, em que jovens, crianças, adultos, mulheres e idosos participam de atividades em que relatam, discutem e indicam no mapa os lugares que frequentam e seus caminhos, bem como seus desejos e expectativas para a região.
Em um dos momentos do mapeamento, as crianças sinalizam os principais locais de convívio, lazer e passagem, pontos que farão futuras conexões entre o Território CEU Novo Mundo aos pontos afetivos e em uso no Parque Novo Mundo. Em outros momentos, jovens, crianças e adultos são entrevistados a respeito de quais atividades ainda não existentes na região são de seu interesse e poderiam ser oferecidas pelo novo CEU. Diferentes grupos, como os específicos de mulheres e idosos, passam por entrevistas e participam das oficinas, compondo relatos de recorte múltiplo da população da região, cujos dados estão sendo traduzidos e compilados em um mapa online.
Dessa forma, o projeto Laboratório Território CEU Novo Mundo pretende criar uma conexão e lançar-se como uma plataforma de acesso às possibilidades cartográficas que se formam a partir de contribuições orais e escritas, discutidas e desenhadas pela população da Vila Maria em suas vivências, experiências e usos dos espaços já estabelecidos na região, de modo a interligá-los com os futuros pontos do Território CEU Novo Mundo que, apesar de ainda não ter sido inaugurado, já começa a existir no imaginário – e, portanto a tornar-se real –, para todos os envolvidos no projeto.
Relatório de atividades das oficinas do projeto Laboratório CEU Território Novo Mundo
Domingo (Abertura)
No domingo, houve uma breve apresentação do projeto aos presentes, mostrando vídeos com entrevistas, além de uma fala de Tereza Herling, secretária-adjunta de desenvolvimento urbano, a respeito das motivações, intenções e expectativas acerca do projeto e da construção coletiva de linhas de possibilidade para o futuro Território CEU Novo Mundo e, finalmente, Fernandinho Beatbox, movimentou o CCA Cidade Nova, atraindo muitas crianças, adolescentes e jovens
Segunda-feira (Dia 1)
Os participantes responderam por escrito às três questões: “O que você gosta de fazer? O que sabe fazer? O que gostaria de fazer?” E registraram no mapa três lugares do bairro frequentados por eles. Algumas das principais respostas sobre as atividades que eles praticam foram: jogar futebol, fazer e empinar pipa, e cozinhar. Entre as atividades mais mencionadas sobre o que gostariam de fazer, as que apareceram com mais frequência foram: natação, teatro, culinária, curso de idiomas, informática, aulas de canto, desenho e lutas marciais.
Terça-feira (Dia 2)
A oficina com crianças de 5 a 12 anos teve como enfoque o tema “brinquedos e brincadeiras no bairro”. A conversa partiu das seguintes perguntas: “Com o que você brinca? Onde? Com quem você brinca? Que horas?”. Em conjunto, as crianças também construíram uma maquete a partir de um mapa da região do Parque Novo Mundo em que foram marcados os percursos que cada uma delas costuma fazer no bairro.
Quarta-feira (Dia 3)
A oficina com as mulheres aconteceu com foco nos objetos de valor afetivo para as participantes, envolvendo também conversa sobre o dia a dia no bairro, seus desejos e expectativas para o território CEU. A partir de indicações dos percursos, pontos de encontro e locais mais frequentados pelas moradoras do bairro, foi feito um mapeamento do Parque Novo Mundo em geral e um mapa individual com os trajetos de cada uma. A dinâmica com carretel de barbante envolveu todas as participantes, que, após contarem seus sonhos, jogavam o carretel umas para as outras, formando uma malha de fios que as unia. Ao mesmo tempo, acontecia uma oficina para crianças e adolescentes em que criavam um guia do bairro a partir de suas conexões sociais e afetivas.
Quinta-feira (Dia 4)
A oficina com adultos, que inclui homens, mulheres, mães, pais, avós e avôs, e idosos, partiu de narrativas do cotidiano dos participantes moradores do bairro, suas memórias e as transformações vividas no decorrer dos anos para que fosse criado um mapa coletivo reunindo memória e história dos espaços, festas, crenças, amizades, comidas, paisagens e músicas.
Sexta-feira (Dia 5)
Durante a manhã acontecerá a oficina do FabLab de Impressão 3D e, à tarde, serão montadas maquetes com os dados que foram coletados, indicados e recolhidos nesses quatro dias, com participantes das oficinas e o público espontâneo que quiser vir para ajudar.