02/04/2019

Idosos corresponderão a 30% da população do município de São Paulo em 2050

Análise mostra que o envelhecimento no Município está acima da média nacional e atinge todos os segmentos sociais da cidade de São Paulo



Os idosos corresponderão a 30% da população do município de São Paulo em 2050, segundo a Fundação Seade. Atualmente existem 1,7 milhão de pessoas nessa faixa etária na capital, o equivalente a 15% dos paulistanos. Para mostrar o significado desse fenômeno, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, por meio da Coordenadoria de Produção e Análise de Informação (GEOINFO), em parceria com a Coordenação de Políticas para a Pessoa Idosa, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, elaborou o estudo “Retrato da pessoa idosa na cidade de São Paulo”. Objetivo é mapear envelhecimento crescente da população paulistana, destacando diferenças urbanas na distribuição desse fenômeno e nas características da população idosa na capital paulista, e assim aprimorar ações de planejamento urbano da cidade.

A análise mostra que o envelhecimento no Município está acima da média nacional e é composto, sobretudo, por mulheres. Em 2017, 60% dos idosos eram desse gênero. Se considerarmos apenas as pessoas com 85 anos ou mais, o índice chega a 70,2%. Sobre a cor de pele, a maioria é composta por brancos, tanto homens (69%), quanto mulheres (71%), segundo Censo Demográfico do IBGE de 2010.

As pessoas com 60 anos ou mais estão concentradas nas porções sul e sudeste do Município, com destaque para Sapopemba, Grajaú e Capão Redondo – muito por causa alto número de habitantes desses locais.

Entretanto, se avaliada a população relativa, destacam-se os locais de elevado padrão de vida, como Jardim Paulista, Pinheiros e Vila Mariana. Por sua vez, o distrito da Sé e as extremidades periféricas da cidade, onde estão situados os segmentos de menor renda, possuem a menor taxa de idosos.

Desse modo, o estudo demonstra que apesar de o envelhecimento atingir todos os segmentos sociais da cidade, vive-se mais em zonas dotadas de boa estrutura urbana e melhor atendidas por serviços, principalmente saúde e educação. Em 2017, por exemplo, os distritos que apresentaram maiores idades médias ao morrer se concentraram no centro expandido, alcançando 81,6 anos no Jardim Paulista. Já em Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo, a média foi de 58,4 anos.

Em relação ao emprego, 72% dos idosos estão inativos, isto é, aposentados ou não ocupados. Sobre os que ainda trabalham, grande parte não tem escolaridade ou possui apenas o ensino fundamental incompleto (44,1%), principalmente aqueles residentes em distritos periféricos. Em contrapartida, os empregados de nível superior completo (23,8%) moram na porção sudoeste da cidade e no centro expandido.

Consequentemente, ocorrem disparidades nos salários recebidos. O Morumbi se destaca como o distrito onde a população idosa possui o maior rendimento mensal (R$ 13.871,00), sendo mais do que vinte vezes o valor auferido pelos distritos de Lajeado, Marsilac e São Rafael.

Clique aqui para conferir o estudo.

 

 

 

 

 

 

 




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