Nesta quarta-feira (01), a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) aprovou duas intervenções artísticas no bairro de Perus, zona norte da cidade, em comemoração aos 60 anos de uma greve histórica na região que ficou conhecida como a luta dos Queixadas. Uma delas é a “Queixada Parade”, que vai levar sete esculturas de porcos queixadas customizadas por artistas locais a praças, escolas, feiras de rua e estação de trem. A outra intervenção, denominada“Reemplaca Memo(ria)”, tem como proposta inserir 40 placas comemorativas em homenagem à greve nas principais ruas do bairro.

Ambas fazem parte do projeto Trilha da Memória, da Comunidade Cultural Quilombaque, que terá duração de quatro meses. O objetivo é promover a reflexão e recontar esta história do bairro de forma lúdica e criativa.

As esculturas de porcos queixadas, cuja exposição será itinerante, buscam relembrar as diversas lutas de povos do bairro, de indígenas a movimentos de moradia. Já as placas comemorativas vão reunir nomes e breves descrições de operários da Fábrica de Cimento Portland Perus, onde aconteceu a greve histórica do bairro que durou sete anos (1962 a 1969) e está completando 60 anos.

Vale destacar que as placas comemorativas não poderão substituir as placas existentes de identificação de ruas.

A decisão da CPPU desta quarta-feira ratificou a aprovação, ad referendum, da presidência da Comissão em 13 de maio.

 

Os Queixadas
“Os Queixadas” foi o apelido dado aos trabalhadores da Fábrica de Cimento Portland Perus que participaram da primeira grande greve do movimento sindical do brasileiro. Ela durou sete anos (1962-1969).

A escolha do nome “queixada” faz referência a uma espécie de porco do mato selvagem, que sempre luta em conjunto contra o seu predador.