A Coordenadoria de Produção e Análise de Informação (GEOINFO) da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento – SMUL publicou mais um Informe Urbano, dessa vez sobre o emprego industrial na cidade de São Paulo no período entre 2006 a 2016.

Com base nos dados das Relações Anuais de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho, o Informe analisa os três fenômenos interligados que explica a diminuição do emprego industrial paulistano. São eles: redução geral de emprego no país, perda da participação da indústria de transformação e o crescimento do setor terciário no total de empregos, perda de participação do município de São Paulo no emprego industrial do Estado de São Paulo e do Brasil.

No período analisado no estudo, entre 2006 a 2016, no país e na cidade, foi interrompida a trajetória crescente do nível de emprego formal em todas as atividades econômicas, sendo o setor secundário o mais atingido pela crise. O volume de empregos formais na economia cresceu cerca de 30%, saindo de 35 milhões de empregos em 2006, para atingir em 2016 o patamar de 46 milhões, destacando-se os setores de serviços, construção civil e comércio, que tiveram aumentos, respectivamente de 48,2%, 47,5% e 45%.

Observa-se que o crescimento ocorreu até 2014 atingindo 49,6 milhões de postos formais. No ano seguinte, 2015, o número de empregos caiu para 48 milhões, sofrendo uma queda ainda maior em 2016, quando chegou ao mesmo patamar de cinco anos antes ,por volta de 46 milhões. A indústria de transformação foi duramente atingida pelo decréscimo do nível de emprego: o crescimento estancou já em 2013, dando lugar a uma queda que colocou o volume de empregos em 2016 praticamente no mesmo patamar de 2007, de 6,7 milhões. O estudo conclui que o emprego na indústria de transformação da cidade de São Paulo, além de sofrer decréscimo em termos absolutos, reduziu sua participação no total do emprego no país.

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