Um diálogo aberto a favor da requalificação do centro está inaugurado. Esse diálogo se expressará em projeto, e o projeto será testado por intervenções concretas nesse território singular da cidade.

Campo Compartilhado

A requalificação da área central é uma das metas prioritárias dessa administração. Ação que se inicia com esse seminário, cuja importância é tornar público e participativo o processo de elaboração de diretrizes que vão incidir diretamente sobre a transformação desse território. A primeira etapa é estabelecer um plano diretor que trace os caminhos pelos quais o processo de requalificação vai se seguir e, a partir de então, priorizar projetos e ações a serem realizadas por essa gestão.

O centro da metrópole de São Paulo é um setor privilegiado. A ampla oferta de empregos, a pujante dinâmica do comércio popular e especializado, o amplo serviço de transporte público, a presença dos órgãos de governo, a memória do patrimônio histórico, a ampla oferta de equipamentos culturais e de espaços públicos, juntos, o singularizam.

Os projetos que queremos promover não buscam construir novos espaços, mas, acima de tudo, transformar as estruturas preexistentes. O foco é renovar as suas formas de uso, ressignificar o espaço público em lugar onde se potencialize o domínio público.

O centro é o espaço de representação de toda a sociedade, o que o faz ser um campo compartilhado. E, como tal, o centro se caracteriza por ser um campo de conflito. Pensar e agir sobre a transformação da área central de São Paulo exige enfrentar o campo de projeto como um campo de negociação dos conflitos, onde a coexistência pacífica se torne não apenas possível, mas sobretudo desejável.

Palavras, traços e desenhos podem expressar os pactos firmados pelo processo de projeto. Mas não nos parece, ainda, serem suficientes. É necessário muni-los de estratégias e táticas precisas.

A ideia de termos a cooperação do escritório do arquiteto Jan Gehl na condução desse processo nos encantou em função da metodologia usualmente praticada por ele. Sua proposta de trabalho visa reunir a população usuária do centro, poder público e projetistas em um processo colaborativo e participativo. Juntos, escutaremos, debateremos e proporemos hipóteses para o centro. Mas iremos além do desenho. Selecionaremos três intervenções estratégicas que serão transformadas em projetos piloto.

Provisoriamente, serão construídos para serem testados pelo uso efetivo e ativo da população. Testar projetos em escala 1:1 não é usual em urbanismo. O usual é se elaborar reduzidas maquetes, que acostumamos a olhar por cima, de forma impessoal e impenetrável.

Vamos ensaiar agora uma outra forma possível de se fazer. Vamos poder vivenciar as transformações imaginadas. E então torná-las permanentes.  Até que no futuro outras formas de uso ainda inimaginadas as ressignifiquem, mais uma vez, de novo

 

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Cidades para pessoas

O espaço público tem um papel essencial na vida em sociedade, é um local de encontro, onde compartilhamos experiências e partilharmos da mesma cidade. A qualidade desse espaço está relacionada tanto à estética, ao projeto e ao desenho quanto, e fundamentalmente, à sensação de proteção, conforto e prazer.

Primordialmente temos que ter uma visão muito forte do que queremos para nossa cidade no futuro para direcionar tantas pessoas quanto possível nessa direção. A cidade do século XXI precisa ser pensada a partir da perspectiva de seus habitantes, de forma holística e multidisciplinar. A sua beleza está na capacidade de apoiar diretrizes que orientem diversos planos e projetos simultaneamente.

Observar as pessoas, qualificar suas atividades e quantificar os pedestres são ações simples e um recurso importante para que politicamente possa-se traçar, por exemplo, o equilíbrio do uso das ruas entre as pessoas e os diversos meios de transporte. Entretanto, voltamo-nos sempre à discussão do desenho e esquecemos-nos de pensar na relação das pessoas com o espaço público, a arquitetura e a cidade. Medir o capital social, a diversidade cultural da cidade, a tolerância, segurança e acessibilidade são aspectos fundamentais.

 

Projetos Piloto

Provisoriamente, serão construídos quatro projetos pilotos para serem testados pelo uso efetivo e ativo da população. Testar projetos em escala 1:1 não é usual em urbanismo. O usual é se elaborar reduzidas maquetes, que acostumamos a olhar por cima, de forma impessoal e impenetrável.

Baixe as brochuras com todo o conteúdo sobre os ciclos de palestras e workshops realizados sobre o Centro, Diálogo Aberto:
> Publicação do Workshop I – Projetos Piloto”
> Publicação do Workshop II – Vale do Anhangabaú”

Plataforma de Participação digital

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