Arco Tietê

O Arco Tietê é uma das mais estratégicas áreas da cidade de São Paulo. Caracteriza-se por uma região onde se implantou o sistema ferroviário e o parque industrial que revolucionou a economia da cidade no século XX e onde as políticas públicas de manutenção e estímulo ao emprego na indústria e suas atividades econômicas agregadas devem ocorrer, paralelas às ações de preservação, proteção e recuperação do nosso patrimônio cultural.

Setor especifico da Macroárea de Estruturação Metropolitana, definida pelo Plano Diretor Estratégico do município, onde se implantou uma rede de infraestrutura de importância regional com a predominância de vias estruturais, sistema ferroviário e rodovias que articulam diferentes municípios e pólos de empregos da Região Metropolitana de São Paulo, o Arco Tietê é um território adequado para receber transformações urbanísticas e econômicas, que ofereçam maior aproveitamento do solo urbano, através do aumento da densidade construtiva e demográfica e da implantação de novas atividades econômicas com abrangência metropolitana, que propiciem um equilíbrio adequado entre a oferta de habitação e a oportunidade de emprego e renda.

O espaço urbano do perímetro do Arco Tietê contém relações complexas, que articulam escalas urbanas e econômicas de abrangências do local ao regional e que devem necessariamente ser consideradas na análise deste território. Caracteriza-se pela porção central da planície fluvial do rio Tietê, onde devem ser compatibilizados os usos, padrões e tipologias de parcelamento do solo urbano, com as condicionantes geológico-geotécnicas, atentando para a minimização dos problemas das áreas de risco, de solo contaminado e para a prevenção do aparecimento de novas situações de vulnerabilidade.

Além de ser uma área com condições propicias para a manutenção da população moradora e para a nova população desejada, através da oferta adequada de serviços, equipamentos e infraestrutura urbana, apresenta condições exemplares para a recuperação da qualidade dos sistemas ambientais e hidrológicos da cidade, especialmente o Rio, córregos e áreas vegetadas, articulando-os adequadamente com os sistemas de infraestrutura existentes, em especial a drenagem, o saneamento básico, a mobilidade e os novos padrões de urbanização vinculados a critérios de sustentabilidade.

Trata-se de um perímetro de intervenção que contém relações complexas que articulam escalas urbanas e econômicas de abrangências do local ao regional, representando o primeiro passo no processo de construção do Arco do Futuro.