Projeto piloto

Sete de Abril

O caminhar a Rua 7 de Abril é uma experiência pouco agradável: a irregularidade do piso, a desordem das tampas de inspeção, somadas à largura restrita da calçada, criam um cenário hostil para o pedestre.

 


Diagnóstico rua Sete de Abril

 

O uso comercial de grande parte dos térreos ao longo da calçada, a presença de algumas vitrines e o detalhamento das fachadas criam, em certos momentos, relação com a escala do pedestre e uma sensação de segurança. Por outro lado, imóveis degradados ou vazios, a falta de marquises e toldos e outras estruturas que protejam transeuntes do sol ou chuva restringem as opções de permanência ligadas aos usos do térreo.

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A falta de mobiliário e inexistência de arborização contribuem para manter o caráter de passagem da calçada. No entanto, trabalhadores dos escritórios localizados nos edifícios adjacentes utilizam pequenos degraus e desníveis de acesso a estabelecimentos comerciais fechados como locais improvisados para se sentar.

A paisagem da Rua 7 de Abril parece bastante árida e desconfortável.

O baixo fluxo de veículos e as pequenas dimensões do leito carroçável fazem com que transeuntes cruzem a rua fora das faixas de pedestre, e caminhem pelas faixas de tráfego. A Secretaria Municipal de Transportes/CET (Diretoria de Planejamento, Projetos e Educação de Trânsito) inverteu recentemente o sentido do trecho entre as ruas Bráulio Gomes e Gabus Mendes e elaborou estudos para o fechamento deste trecho para o tráfego de passagem, priorizando o uso de pedestres.

Além dos problemas específicos dos calçadões, as áreas de borda, como é o caso da Rua Sete de Abril, sofrem com problemas específicos tais como acúmulo de lixo em excesso, conflitos entre os diversos fluxos veiculares, falta de estacionamento para abastecimento e um conflito crescente entre fluxos veiculares e de pedestres, remetendo à situação das ruas que hoje são pedestrianizadas no período anterior aos calçadões.

Deste modo, este trecho da Rua Sete de Abril mostra-se bastante adequado para a implantação das soluções pesquisadas para a área dos calçadões. Entendemos que o projeto para o trecho da Rua Sete de Abril, entre as Ruas Bráulio Gomes e Gabus Mendes, a ser transformado em área pedestrianizada, deve ter como prerrogativas tanto propor soluções para resolver os problemas específicos dos calçadões quanto propor soluções que evitem o acúmulo dos problemas levantados nas áreas de bordas.

Propomos a transformação da via em calçadão único, eliminando a divisão entre calçadas e leito carroçável. A partir desta transformação, inicia-se a organização dos fluxos principais, estabelecendo, com elementos de piso, as faixas compartilhadas, faixas exclusivas de pedestres, faixa de mobiliário urbano, piso tátil e linha de captação de águas.

Dados numéricos do projeto piloto:

. Pessoas atendidas: 170 pessoas / minuto (horário de pico pós-almoço)

. Área de piso em blocos de concreto: 2810 m2

. 2 lixeiras enterradas,

. 4 conjuntos de bancos de diversos tamanhos,

. 4 papeleiras de 5 papeleiras (4 recicláveis, 1 lixo comum),

. 14 novas luminárias,

. Sistema de drenagem perfil L + Canaleta: 205m

. Inspeção da drenagem: 15

. Ramais domiciliares deslocados: 30

. Piso tátil: 250m lineares

. Tampas realinhadas: 200